TEMA: Uma multidão desorientada
TEXTO-BASE: Atos 14:8-20
Introdução
• Paulo e Barnabé pregam o evangelho na sinagoga de Icônio e convencem a muitas pessoas (At 14.1).
• Isso atrai o ódio dos judeus incrédulos, que decidem persegui-los (v. 2).
• Estes judeus conseguem o apoio dos gentios, tornando a perseguição ainda mais violenta (v. 5).
• Sabendo eles que estavam a ponto de serem apedrejados, fugiram para Licaônia (vs. 5-6).
Desenvolvimento
• Em Licaônia, encontram um paralítico aleijado desde o nascimento, presumivelmente bem conhecido na cidade (v. 8).
• Paulo curou o homem, vendo que este tinha fé para ser curado (vs. 10-11).
• Para Paulo e Barnabé, a cura de um paralítico era algo comum, que ocorria frequentemente entre os apóstolos. Contudo, para aquele povo de Licaônia, era um acontecimento extraordinário, que atraiu toda a multidão para perto deles (v. 11).
• Essa multidão, maravilhada e admirada com o milagre presenciado, começou a considerar Paulo e Barnabé deuses, dando até nomes para eles: a Barnabé chamavam Zeus e a Paulo Hermes (v. 14).
• Paulo e Barnabé tiveram grande dificuldade em conseguir transferir toda a glória e o mérito do acontecimento a Deus, o verdadeiro autor do milagre e, consequentemente, o único digno da honra, sendo eles dois apenas vasos usados por Ele (vs. 14-15).
• Então chegam alguns judeus de Icônio (de onde Paulo e Barnabé estavam antes) e mudam rapidamente o ânimo da multidão, que passa a apedrejar Paulo, só parando quando pensaram que já estivesse morto (v. 19).
Considerações
• O relato nos mostra como a multidão de incrédulos, desorientada e carente de um Pastor que os guie, é facilmente conduzida à idolatria. Mesmo com Paulo e Barnabé insistindo para que a multidão os considerasse “homens como vocês” (v. 15), ainda assim “tiveram dificuldade para impedir que a multidão lhes oferecesse sacrifícios” (v. 18). Há algo quase inato no homem que o leva à idolatria, pela necessidade em adorar agentes humanos em vez de reconhecer apenas o único Deus que atua por meio desses agentes terrenos. Assim, eles buscam humanizar Deus, seja na forma de pessoas de carne ou em pedaços de pedra ou madeira.
• Paulo e Barnabé poderiam aceitar a honraria humana e tomar a glória para si, sendo considerados deuses à vista de toda uma multidão, tomando o lugar de Deus. Todavia, eles imediatamente abriram mão do reconhecimento humano em favor da soberania divina. Só Deus é digno de toda honra e de toda a glória. Só Ele merece receber o louvor pelo milagre obtido por seu intermédio.
• Mais impressionante ainda é a facilidade com a qual a multidão mudou radicalmente de atitude ao se deixar influenciada pelos judeus. De “deuses na terra”, Paulo e Barnabé passaram a seres infames e dignos de apedrejamento. Duas coisas saltam à mente:
a) Primeiro, que Paulo e Barnabé poderiam ter voltado atrás e se assumido como deuses, não apenas para ganhar a “glória dos homens” (Jo 12.43), mas para evitar o apedrejamento da multidão. Mesmo correndo sério risco de vida, eles preferiram honrar a Deus do que salvar a própria pele.
b) Segundo, que uma multidão desorientada se torna presa fácil de um lobo em pele de cordeiro. Ela teria sido facilmente atraída para a idolatria se Paulo e Barnabé tivessem se assumido como deuses, e, mais tarde, foram facilmente atraídas pelo ódio após ser influenciada pelos judeus incrédulos. Ela não tinha consistência e nem discernimento. Era como uma multidão carente de um Pastor, desgovernada e precisando de ídolos terrenos para os quais servir. Trocaram Paulo e Barnabé pelos judeus, e já haviam trocado Deus pelos seus próprios sacerdotes pagãos. Uma multidão sem um líder espiritual se torna presa fácil da lavagem cerebral e da mudança repentina de mente para qualquer propósito, por mais contraditório e antilógico que este propósito pareça ser.
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (www.facebook.com/lucasbanzoli1)
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