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Este capítulo faz parte da obra: “O Novo Testamento Comentado”, de autoria de Lucas Banzoli e de livre divulgação.
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1. E chegavam-se a ele todos os cobradores de impostos e pecadores para o ouvirem.
2. E os fariseus e escribas murmuravam, dizendo:
Este recebe aos pecadores, e come com eles.
3. E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:
4. Quem de vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai em [busca] da perdida, até que a encontre?
5. E encontrando-a, [não] a ponha sobre seus ombros, com alegria?
6. E vindo para casa, [não] convoque aos amigos, e vizinhos, dizendo-lhes:
Alegrai-vos comigo, porque já achei minha ovelha perdida?
7. Digo-vos, que assim haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento.
8. Ou que mulher, tendo dez moedas de prata, se perder a uma moeda, não acende a lâmpada, e varre a casa, e busca cuidadosamente até [a] achar?
9. E achando[-a], [não] chame as amigas e as vizinhas, dizendo:
Alegrai-vos comigo, porque já achei a moeda perdida!
10. Assim vos digo, que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.
11. E disse:
Um certo homem tinha dois filhos.
12. E disse o mais jovem deles ao pai:
Pai, dá-me a parte dos bens que [me] pertencem. E ele lhe repartiu os bens.
13. E depois de não muitos dias, o filho mais jovem, juntando tudo, partiu-se para uma terra distante, e ali desperdiçou seus bens, vivendo de forma irresponsável.
14. E ele, tendo já gastado tudo, houve uma grande fome naquela terra, e ele começou a sofrer necessidade.
15. E foi, se chegou a um dos cidadãos daquela terra; e [este] o mandou a seus campos para alimentar porcos.
16. E ele ficava com vontade de encher seu estômago com os grãos que os porcos comiam, mas ninguém [as] dava para ele.
17. E ele, pensando consigo mesmo, disse:
Quantos empregados de meu pai tem pão em abundância, e eu [aqui] morro de fome!
18. Eu levantarei, e irei a meu pai, e lhe direi:
Pai, pequei contra o céu, e diante de ti.
19. E já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como a um de teus empregados.
20. E levantando-se, foi a seu pai. E quando ainda estava longe, o seu pai o viu, e teve compaixão dele; e correndo, caiu ao seu pescoço, e o beijou.
21. E o filho lhe disse:
Pai, pequei contra o céu, e diante de ti; e já não sou digno de ser chamado teu filho.
22. Mas o pai disse a seus servos:
Trazei a melhor roupa, e o vesti; e ponde um anel em sua mão, e sandálias nos [seus] pés.
23. E trazei o bezerro engordado, e o matai; e comamos, e nos alegremos.
24. Porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado.
E começaram a se alegrar.
25. E seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, chegou perto da casa, ouviu a música, e as danças.
26. E chamando para si um dos servos, perguntou-lhe:
O que era aquilo?
27. E ele lhe disse:
Teu irmão chegou; e teu pai matou o bezerro engordado, porque ele voltou são.
28. Porém ele se irritou, e não queria entrar. Então o seu pai, saindo, rogava-lhe [que entrasse].
29. Mas [o filho] respondendo, disse ao pai:
Eis que eu te sirvo há tantos anos, e nunca desobedeci tua ordem, e nunca me deste um cabrito, para que eu me alegrasse com meus amigos.
30. Porém, vindo este teu filho, que gastou teus bens com prostitutas, tu lhe mataste o bezerro
engordado.
31. E ele lhe disse:
Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas.
32. Mas era necessário se alegrar e animar; porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha se perdido, e foi encontrado.
15.2 recebe os pecadores, e come com eles. V. nota em Mc.2:16.
15.11-32 A parábola mostra a condição miserável em que o pecador se encontra, no meio de um lamaçal de pecado, aqui representado pelos grãos de porcos que o filho mais jovem desejava comer (v.16). Ela também mostra que, mesmo o homem sendo tão mau e tão rebelde contra Deus, Ele está sempre de braços abertos para recebê-lo de volta, caso o filho retorne à casa do Pai, arrependido (v.21). O Pai não vê o filho com ódio ou raiva pelo tempo passado em que este esteve no pecado, nem fica com nojo dele por aquilo que ele fez anteriormente, mas o recebe com festa e com alegria (v.23), mesmo sem o filho merecer isso – é pela graça. Mesmo que nós não mereçamos a herança celestial, mas somente ser um dos “empregados” de Deus (v.19), ele nos recebe com misericórdia, vem correndo ao nosso encontro, nos abraça e nos trata como filhos amados (v.20). Ela também mostra a transformação de vida que ocorre a partir deste momento da conversão. As vestes de imundície do tempo em que o filho estava entre os porcos (representando o lamaçal do pecado) é trocada pela “melhor roupa” (v.22), que representa a santidade e pureza. Essa regeneração espiritual é a passagem da morte para a vida (v.24), de alguém que estava “morto em seus delitos e pecados” (Cl.2:13), mas que recebeu “graça sobre graça” (Jo.1:16). Finalmente, a passagem também mostra o outro lado, daqueles que se consideram “filhos únicos” do Pai e que não admitem ver que alguém que estava perdido tenha sido achado (v.28). Como os fariseus, o filho mais velho se considerava melhor que o filho mais novo, mais santo e mais justo, e, portanto, mais merecedor. Enquanto o filho mais novo via a graça, o filho mais velho apenas conseguia ver os méritos. A parábola termina mostrando que o Pai roga para que o filho mais velho também entre (v.28), pois Ele concede oportunidades a todos, e deseja que todos sejam salvos (1Tm.2:4).
15.11-32 A parábola mostra a condição miserável em que o pecador se encontra, no meio de um lamaçal de pecado, aqui representado pelos grãos de porcos que o filho mais jovem desejava comer (v.16). Ela também mostra que, mesmo o homem sendo tão mau e tão rebelde contra Deus, Ele está sempre de braços abertos para recebê-lo de volta, caso o filho retorne à casa do Pai, arrependido (v.21). O Pai não vê o filho com ódio ou raiva pelo tempo passado em que este esteve no pecado, nem fica com nojo dele por aquilo que ele fez anteriormente, mas o recebe com festa e com alegria (v.23), mesmo sem o filho merecer isso – é pela graça. Mesmo que nós não mereçamos a herança celestial, mas somente ser um dos “empregados” de Deus (v.19), ele nos recebe com misericórdia, vem correndo ao nosso encontro, nos abraça e nos trata como filhos amados (v.20). Ela também mostra a transformação de vida que ocorre a partir deste momento da conversão. As vestes de imundície do tempo em que o filho estava entre os porcos (representando o lamaçal do pecado) é trocada pela “melhor roupa” (v.22), que representa a santidade e pureza. Essa regeneração espiritual é a passagem da morte para a vida (v.24), de alguém que estava “morto em seus delitos e pecados” (Cl.2:13), mas que recebeu “graça sobre graça” (Jo.1:16). Finalmente, a passagem também mostra o outro lado, daqueles que se consideram “filhos únicos” do Pai e que não admitem ver que alguém que estava perdido tenha sido achado (v.28). Como os fariseus, o filho mais velho se considerava melhor que o filho mais novo, mais santo e mais justo, e, portanto, mais merecedor. Enquanto o filho mais novo via a graça, o filho mais velho apenas conseguia ver os méritos. A parábola termina mostrando que o Pai roga para que o filho mais velho também entre (v.28), pois Ele concede oportunidades a todos, e deseja que todos sejam salvos (1Tm.2:4).
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